quarta-feira, 27 de abril de 2011

ATRITOS

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.

É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas

Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.

Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esse sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...

E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.
Roberto Crema

TURISMO SUSTENTÁVEL

O Turismo Sustentável é uma maneira de manter essa infra- estrutura sem atitudes ofensivas ao meio ambiente, atendendo às necessidades dos turistas e dos locais que os recebem de maneira simultânea, fazendo o necessário para atender a economia, a sociedade e o ambiente sem desprezar a cultura regional, a diversidade biológica e os sistemas ecológicos que coordenam a vida.
Não é fácil estruturar um projeto de turismo sustentável, e muito menos colocá-lo em prática, pois exige atitudes ambientalistas, regras de utilização dos recursos naturais, e um pensamento ecológico, o que se contrapõe ao encontrado hoje na maioria dos lugares.
Já o Ecoturismo, é a exploração de ecossistemas em seu estado natural, sua vida selvagem e sua população nativa, o que de certa maneira preserva esses ecossistemas constantemente visitados, mas não é estruturado para preservar o meio ambiente, mas sim para fins lucrativos.
Em 2003 o Brasil começou a contar com o Plano Nacional do Turismo (PNT), que tem como base a ética e a sustentabilidade, e vem auxiliado o governo a tomar atitudes ecologicamente corretas.
Existem hoje no país outros projetos de turismo sustentável como o da Bacia Hidrográfica de Maquiné, que visa à exploração do rio sem causar danos ao meio ambiente, organizando as atividades turísticas já existentes na região e mobilizando a população com esse fim, o projeto de união do Rio de Janeiro e Minas Gerais na luta pelo turismo sustentável, o Projeto Pega Leve, voltado à convivência responsável com o meio ambiente e respeito a ele, entre tantos outros projetos encontrados pelo país afora.O Brasil ainda está dando os primeiros passos para o turismo sustentável, havendo ainda aqui uma maior preocupação com o ecoturismo do que com primeiro, mas algumas cidades já o adotaram como, por exemplo, a cidade de Bonito, situada no Mato grosso do Sul, sendo um dos grandes destaques do turismo nacional, adotou uma política sustentável a partir dos anos 90, quando começou a ser mais visitado e sentiu a necessidade de colocar regras no turismo para que não destruísse seus bens naturais.
No exterior também encontramos cidades que já adotaram o turismo sustentável como Oeiras em Portugal, Rimini na Itália, Nuernberg na Alemanha, Gent na Bélgica, Cremôna e Réggio Calabria na Itália, Antalya na Turquia, Viareggio na Itália, Namur na Bélgica, Termoli na Itália e Salsomaggiore Terme também na Itália, todas componentes da Rede Europeia de Cidades para o Turismo Sustentável organizado no dia 8 de fevereiro de 2010 numa reunião em Bruxelas, a fim de proteger seus patrimônios naturais de um turismo mal estruturado.